segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tudo por você. III

"Para meu único amor, Luís Felipe.

Querido Luís,
       eu sei que você mesmo viu, mas não deixou ao menos que eu me explicasse. Eu não estava te traindo, tá, eu estava. Mas aquela foi a única vez. Eu juro. Nunca mentiria pra você.
Tudo o que fiz foi por nós.  Eu queria muito que tivéssemos alianças. Sempre quis, sei lá.. só queria. Eu sei que é idiota, mas não dá muito pra resistir à essas coisas de garota.
Pensei que poderia fazê-lo sozinha, e fui à joalheria. Olhei os anéis e escolhi o único que chegava perto de descrever nossa relação. Era bem mais caro do que eu esperava, e eu não poderia pagar. Perguntei se poderiam me fazer uma grande desconto, mas a proposta que recebi não foi de dinheiro.. Ele pediu um beijo. Um beijo e seriam minhas. Pensei muito antes de tomar minha decisão, e eu sei que foi errada. Mas eu queria muito isso.. e queria fazer surpresa, sabe!?
Queria poder fazer algo pelo nosso namoro. Como você sabe, eu não tenho tanta grana assim, e queria dar algo de presente para nós. Resolvi que o faria. Beijaria Pedro, é claro que e te contaria. Mas depois que tudo acontecesse, você iria querer pagar se eu dissesse, e então, eu fiz.
Eu estou consciente do erro que cometi, mas agora, tudo o que posso fazer é me desculpar. Mesmo que eu ache que minhas desculpas bastarão para me perdoar. E mesmo que não me aceite de volta, como namorada, pelo menos me deixe dormir pelo resto de meus dias, e me perdoe.
Agora, tudo o que tenho a deixar:

Um beijo, talvez de despedida.
Um pedido de desculpas, do mais sincero.
E as alianças que tudo causaram.

De sua eterna amante,
Clara."

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tarde demais, meu bem

- Eu senti sua falta. - ele disse com ternura.. como se fosse me impressionar.
- É, eu também senti a sua.. nas primeiras duas semanas.. ou será que foram três? - Eu disse como se estivesse pensando - Mas aí, eu vi tudo. Você nunca voltaria, e se você voltasse, não seria como antes.. Aí, eu desisti. E só. Engraçado, né? - olhei para o relógio, cinicamente. - Ah, acabo de me lembrar, tenho um encontro com meu novo namorado, o Brandon, daqui a.. 5 minutos. Tchau. - Eu estava mentindo sobre o encontro, e sobre o namorado, mas, e daí?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tudo por você. II

Eu precisava do anel. Não podia pedir ajuda para o Lipe. Eu queria fazer uma surpresa. O único jeito seria aceitando a proposta de Pedro.
Olhei no relógio 15:50, era agora ou nunca. Tentei ligar para o Lipe, mas caiu na secretária eletrônica: "Lipe, eu só quero que saiba que eu te amo. Nunca se esqueça disso." E fui para joalheria. No caminho, enquanto pensava cheguei a conclusão de que foi melhor cair na secretária eletrônica, falar com ele me deixaria em pedacinhos minúsculos.
- Pedro, eu aceito sua proposta. Mas a aliança primeiro.
- E como saberei que irá cumprir?
- Eu cumpro minha palavra. - ele continuou com uma cara de descrente e eu fui obrigada a completar - Me entregue uma, eu cumpro o trato, e você entrega a outra. Agora acaba logo com isso.
Ele me entregou a primeira, e eu tive que cumprir.
- Eu não acredito Clara! eu pedi para que não me escondesse nada. Mesmo sendo isso. Eu preferiria ouvir da tua boca do que de uma outra qualquer.
- Não Lipe. Não é o que você tá pensando. Me deixa explicar. Por favor.
- E eu confiei em você.. me esquece garota.
- Lipe!
- Tá se esquecendo disso Clara.. - Pedro veio com a outra aliança nas mãos.
- Seu idiota! Você falou para ele, não foi? - Peguei a aliança e deixei um tapa em sua cara como recordação.


Parte I :http://saber-sonhar.blogspot.com/2011/01/tudo-por-voce.html

E eu queria divulgar um amigo que tá começando: http://poesiasemvalor.blogspot.com

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu estava agora, sentada na cama, a espera de algo que sei que nunca viria. Mas algo dentro de mim, dizia que ele chegaria. Já passava de meia-noite, e ouvi alguns sons vindo da rua, hesitei em olhar, talvez por medo, mas na esperança de ser ele, fui. Havia algo lá, que não consigo descrever. Talvez fosse um monstro, algum ser de outro mundo.
- Não se assuste Ana. Sou eu. – ele disse com uma voz suave e baixa, agora já em meu quarto.
- Por favor, não entre assim. Ainda não me acostumei com esse seu teletransporte.
Aqueles grandes olhos me olhavam assustados, me deixando com muito mais medo. Mas eu sabia que por de trás deles, haviam os pequenos olhos castanhos que eu adorava.
Ficamos por um bom tempo, apenas nos abraçando. E o que mais importava, era que tínhamos um ao outro. Com o desfecho daquele abraço, ele me disse:
- Acostume-se. Por mim.
Olhávamos pela janela, as luzes quase apagadas da cidade, iluminada principalmente pela Lua. A Lua! Brilhava como os olhos dele naquela tarde em que descobri a verdade.
Eu estava sentada naquele mesmo parque em que nos conhecemos.
- Ana, precisamos conversar.
E antes que eu pudesse responder, ele me puxara pelo braço ao lado mais vazio do parque.
- Lembra-se daquele livro que havíamos comentado?
- Formaturas Infernais?!
- E se eu te falasse que sou uma dessas criaturas?
- Mas como? Você mesmo dizia que é surreal. Lucas, o que está acontecendo?
Eu estava em pânico, quando ele segurou minhas mãos suadas, com suas frias dizendo:
- Acalme-se. Eu sei que pode parecer algo fora dos nossos planos, nossa realidade, mas, por favor, confie em mim.
- Lucas, eu não entendo aonde essa mentira vai nos levar.
- Apenas confie em mim – Ele olhou em suas mãos, que estavam mais quentes – Tenho que ir.
Então ele simplesmente desapareceu. Eu já não sabia o que pensar.
Por não saber o que fazer, muito menos aonde ir, meus pés tomaram a direção que já estava em minha mente. Quando me dei conta, eu estava lá. Na colina onde gostávamos de ver o Sol. Segui o caminho que me levava aquele lugar que chamávamos de nosso. Foi lá que vi a criatura pela primeira vez. Eu havia me assustado tanto, que perdi o movimento das pernas. Não sei dizer o que era aquilo. Talvez uma espécie de lobisomem. Lembro que era enorme, haviam pelos nele, algo indescritível, uma criatura horrível. Foi então, que lembrei do que Lucas me disse, e percebi, aquele era Lucas.
Um susto maior ainda. Agora sim, estava fora de minha realidade:
- LUCAS!
Era tão real pra mim, que descobri que não gritei só em pensamento.
- Vamos esquecer o que houve. O importante é que estamos juntos, independente das diferenças.
Ouvimos um barulho vindo do corredor.
- É melhor você ir. – disse-lhe dando um beijo. Era nosso primeiro beijo depois da verdade. E ainda era a melhor sensação do mundo.


Esse é o outro texto que eu fiz com a Fuve pro concurso da capricho. Deliciem-se. E ah, comentem, por favor, não sabem o quanto isso é bom :x

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Agora você tem, agora não tem mais.

E você vai perdendo tudo.. lentamente. Como se, na verdade, nem estivesse perdendo. E quando você vê, já perdeu. E agora não há mais nada a fazer. Em uma hora você tem companhia, e agora você está sozinho. Bem vindo a esse mundo de solidão.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Foi naquela curva que tudo aconteceu. Ele estava a 120 km/h, talvez para fazer graça. Mas pra quem!? Pra si mesmo. A moto era nova, e era a primeira vez que viajaria sozinho. Mas ele não foi tão longe. Tudo acabou naquela curva a 120 por hora, quando ele ultrapassou um carro... OPS! Quase ultrapassou. A moto bateu de frente com um caminhão, deixando Felipe gravemente ferido. Ele foi levado inconsciente para o hospital, de sua cidade mesmo. Quando acordou, pediu para ligarem no número de celular que havia em sua carteira.
- Alô?
- Somos do Hospital Rushuel e precisamos que venha para cá.
Melissa saiu desesperada e chegando lá, foi encaminhada para o quarto 516, onde estava Felipe. Ela deu passos calmos até chegar a uma porta em que haviam enormes números brancos, que juntos formavam 516. Deu uma batida de leve na porta e a empurrou. Quando viu o irmão de sua melhor amiga, deitado em uma cama, enfaixado, ela entrou correndo no quarto.
- O que foi que houve? – Perguntou com uma expressão assustada, passando as mãos nos curativos.
- Foi um acidente com a moto.
- É melhor ligar para a Luiza.
- Não! Eu chamei você aqui, não envolva minha irmã nisto.
Ela não sabia o que fazer, apenas se sentou ao lado dele e o olhou, até o momento que ele começou a falar:
- Mel, eu chamei você aqui, pois qualquer outro que eu chamasse, brigaria comigo. É só você que eu considero o bastante pra dizer tudo o que preciso.
Ela segurou em sua mão, e ele continuou:
- Talvez eu tenha provocado o acidente, com meu subconsciente. Eu senti que estava fazendo a coisa errada, deixando a pessoa mais importante, pra passar férias com os amigos. Eu precisava voltar e te dizer tudo o que eu não tive coragem. Você não é mais a amiga idiota da minha irmã, como era há seis anos atrás.. Com tanto tempo, acabei me aproximando de você, mais do que deveria. Eu presciso te dizer, Meli..
Ele fechou os olhos, soltou a mão dela, devagar, e seus batimentos cessaram. Ela sentiu um arrepio e deixou escapar uma lágrima. Os médicos chegaram e ela foi tirada do quarto. Esperou na sala por mais ou menos cinco minutos, quando uma enfermeira a olhou indiferente e disse: “Não houve como salvá-lo”.
Melissa pegou um taxi e foi para casa de Luiza. Com os olhos vermelhos de tanto chorar, quando Luiza abriu a porta, ela lhe deu um abraço e se convidou para entrar:
- Bem... é sobre seu irmão mais velho.



Esse texto eu fiz com a Fuve pra um concurso da capricho, e eu amei muito ele, então resolvi postar, pra ver se vocês amam também. Amanhã ou depois eu devo postar um outro que nós fizemos pra esse mesmo concurso.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nunca pensei que ouviria isso de você. Mas fazer o que? Não posso agradar a todos - mesmo querendo que fosse assim.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Só um violão e uma canção pra te mostrar

Tooc! Tooc! Tooc! Agora, eu escutava um estranho barulho vindo da janela, não sabia o que era, então seria melhor olhar. Puxei a cortina para o lado, e uma pequena pedra bateu no vidro da janela: Tooc! , abri a janela e lá estava você. Com seu violão preto, escuro como a noite, com a camisa que eu havia te dado há dois meses atrás, em seu aniversário, cantando minha música preferida: Canção pra te mostrar.
Seus lindos olhos azuis brilhavam sob a luz da lua, e sua voz doce me seduzia a cada nota. Não havia ninguém em casa, e eu pouco me lixava para os vizinhos, só queria saber de você. Quando concluiu a ultima nota, desci correndo a seu encontro. Eu não sabia o que dizer, e o mais próximo que consegui foi um breve e baixo: “Obrigada.” Você me tomou nos braços, e me envolveu no abraço mais gostoso.
Num leve sussurro você chegou a meu ouvido e disse que me amava. Seus lábios se aproximavam dos meus, e conforme a distância diminuía, meu coração disparava. E quando nossos lábios realmente se tocaram, eu pude sentir uma onde de calor, que eu conhecia muito bem, por todo o meu corpo. E só por alguns segundos, meu mundo parou, como se fossemos só eu e você.
- Melissa, eu quero estar contigo, pra tudo, em todos os momentos, ser realmente: o seu par. Você aceita namorar comigo?
Deixei que uma lágrima escorresse por minhas bochechas, meus olhos me enganavam, me deixando ver apenas um você embaçado. Não encontrei maneiras de demonstrar o que sentia, muito menos de responder tua pergunta. Então tudo que fiz foi beijá – lo.
 - Eu te amo – eu disse, agora as lágrimas já chegavam ao queixo.
- Eu também te amo, minha flor.



Eu escrevi esse texto há muito tempo, tipo, em setembro, e pedi pra minha amiga postar no blog dela, se o pessoal gostasse, eu criaria um blog, se não, eu não sei. Não sei se realmente gostaram, os comentários eram só de amigas, mas mesmo assim criei o blog. Resolvi posta ele aqui ^^) Ah, e valeu de novo Fuve.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

All that I want is you

- I want a promise.
- All that you want
- Promises me that you never will forget me.
- Yeah, I promise.
- Really?
- Of course!
You take me in your arms, and take my face in your hands.
- You know why I never will forget you?
- Why?
- Because I love you.
Then, you kissed me.