segunda-feira, 21 de novembro de 2011

LUTO

É muito fácil de acreditar que isso aconteceu com eles. Eles faziam isso sabendo das consequências e não paravam nunca. O problema é que eu não quero acreditar.

# Em memória de Lucas Albino, Rodrigo Ferreira e Peter Araújo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

And the true is that I really miss.

Now none of your acquaintances know they're really your only friends.
Now none of yous friends know they're just acquaintances.

#Achado por aí.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Com ela, aonde quer que ela esteja.


Dia 18 de Setembro de 2011, um ano já se passou, e todos os dias de manhã, antes do trabalho, venho ao mesmo lugar. O lugar onde ela morreu, o lugar onde a vi pela ultima vez, em meio ao sangue. O lugar onde eu estive preso entre ferragens e latarias, onde chorei como se o mundo estivesse acabando. E ele estava, pra mim. O lugar onde senti que havia perdido o único amor que já tive. Mas também, o único lugar onde sinto a presença dela.
O pior de tudo mesmo é pensar que a culpa foi minha. Eu provoquei o acidente. Eu perdi o mapa e depois dirigi pra qualquer lugar até me perder. Eu provoquei a briga, e no final, eu a beijei. Fui eu quem não prestou atenção à pista.
Há exatamente um ano atrás, aconteceu um acidente de carro. Eu e minha namorada estávamos de folga, e decidimos viajar. Iríamos entrar na estrada com um mapa e parar onde nos interessasse. O problema foi que perdi o mapa, e me perdi também.
É claro que ela percebeu, começamos a brigar. Ela dizia que eu não tinha ideia das coisas, e que ela nunca devia ter aceitado viajar comigo. Nós estávamos brigando muito naqueles dias, e eu não queria mais brigar. Então eu a beijei. Ela logo se rendeu, mas apesar disso, veio um curva, e o carro também se rendeu.
Como eu não olhava, foi como se estivesse preso. Inevitavelmente o carro saiu da pista e começou a descer uma ribanceira, rolando. Bárbara estava sem cinto e voou para fora do carro depois deste ter capotado quatro vezes. Eu fui segurado pelo cinto, apesar de ter me machucado muito, fisica e emocionalmente. Fiquei preso pela lataria do carro, desmaiei e só acordei muito tempo depois.
Eu procurava por ela, mas não conseguia achar. Avistei-a a uns 8 metros do carro, sangrando. Eu estava preso e demorei um tempo pra conseguir me soltar. Saí do carro, que estava de cabeça pra baixo, com muita dificuldade pra andar. Quando cheguei perto dela, pude ver o sangue escorrendo de sua cabeça. Ela estava morta.
Chorei todos os dias deste ano. E hoje, vim até aqui, pois percebi que não consigo viver sem ela. Vim me juntar a ela, aonde quer que ela esteja. Peguei um revolver e apontei para minha cabeça. Estava acabado.



Pauta para a 92ª Edição Visual do Projeto Bloínquês. Novamente, desculpa pela falta de posts. Beijos pra quem ler.